Da importancia da Historia Universal Philosophica na esphera dos conhecimentos humanos

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Cover of the book Da importancia da Historia Universal Philosophica na esphera dos conhecimentos humanos by Alberto Pimentel, Library of Alexandria
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Author: Alberto Pimentel ISBN: 9781465565549
Publisher: Library of Alexandria Publication: July 29, 2009
Imprint: Library of Alexandria Language: Portuguese
Author: Alberto Pimentel
ISBN: 9781465565549
Publisher: Library of Alexandria
Publication: July 29, 2009
Imprint: Library of Alexandria
Language: Portuguese
A seis de Fevereiro de 1452 nasceu em Lisboa, no paço d'Alcaçoba,1 D. Joanna de Portugal. A nova do nascimento foi alegre e enthusiasticamente celebrada, a ponto da recordação do tristissimo drama de Alfarrobeira ser quasi que totalmente deslembrada. Os laços conjugaes entre Affonso V e D. Izabel de Lencastre estreitaram-se de forma, que murcharam de todo as esperanças alimentadas pelos inimigos do Infante D. Pedro, de verem realisado o divorcio por elles tão aconselhado2 e sempre tão nobremente repellido pelo futuro vencedor d'Arzilla. Affirmam os seus biographos que D. Joanna foi no berço jurada princeza herdeira pelos Tres estados do reino. A falta de successores á corôa, obrigou el-rei seu pae, diz Caetano de Sousa, a que no berço fosse jurada em côrtes Princesa herdeira do reino, titulo com que sempre foi conhecida, ainda depois de nascido o Principe D. João3. E foi logo jurada por Princeza por todos os estados do reino, que acertaram achar-se juntos na conjunctura do seu nascimento, refere fr. Luiz de Souza.4 As chronicas do tempo não sanccionam esta affirmativa. Ruy de Pina e Dameão de Goes nem sequer noticiam tal juramento; aquelle diz apenas que ella sempre se chamou Princeza até 1455, em que nasceu o Principe D. João; este, que depois do nascimento do Principe ella teve o titulo de Infante, por não lhe pertencer já o que primeiro usara.5 Talvez que fosse jurada Princeza pelos fidalgos e mais pessoas que compunham a côrte, não obstante d'isso não restar memoria escripta; por quem de certo não o foi e pelos Tres estados porque estes nem estavam reunidos, nem se reuniram n'esse anno, nem nos dois annos que se lhe seguiram.6 Nem mesmo pela delegação d'elles, ella foi jurada tambem, porque esta deputação permanente, como lhe chama o sr. Oliveira Marreca, não existia já.7 Amamentada por D. Mecia de Sequeira, D. Joanna ficou orphã de mãe aos cinco annos de edade. A rainha D. Izabel, que, com o nascimento do Principe D. João, havia alfim alcançado sepultura para seu pae sob as abobadas da Batalha, cahiu fulminada em Evora pelo veneno ministrado pelos partidarios do duque de Bragança, em 2 de dezembro de 1455.8 Poucos dias depois do falecimento de D. Izabel, D. Affonso V ordenou que todos os officiaes, damas e donzeis que estavam ao serviço da finada rainha, passassem para o de D. Joanna, a quem deu casa, como aquella a trazia.9 Pelo que se deprehende da narração de D. Bernarda Pinheiro10, D. Joanna, depois do fallecimento da rainha, sua mãe, assistiu n'um palacio, separado do de seu pae e irmão, talvez o de S. Bartholomeu, que anteriormente havia sido occupado por suas thias as infantas D. Leonor, D. Catharina, e D. Joanna.11
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A seis de Fevereiro de 1452 nasceu em Lisboa, no paço d'Alcaçoba,1 D. Joanna de Portugal. A nova do nascimento foi alegre e enthusiasticamente celebrada, a ponto da recordação do tristissimo drama de Alfarrobeira ser quasi que totalmente deslembrada. Os laços conjugaes entre Affonso V e D. Izabel de Lencastre estreitaram-se de forma, que murcharam de todo as esperanças alimentadas pelos inimigos do Infante D. Pedro, de verem realisado o divorcio por elles tão aconselhado2 e sempre tão nobremente repellido pelo futuro vencedor d'Arzilla. Affirmam os seus biographos que D. Joanna foi no berço jurada princeza herdeira pelos Tres estados do reino. A falta de successores á corôa, obrigou el-rei seu pae, diz Caetano de Sousa, a que no berço fosse jurada em côrtes Princesa herdeira do reino, titulo com que sempre foi conhecida, ainda depois de nascido o Principe D. João3. E foi logo jurada por Princeza por todos os estados do reino, que acertaram achar-se juntos na conjunctura do seu nascimento, refere fr. Luiz de Souza.4 As chronicas do tempo não sanccionam esta affirmativa. Ruy de Pina e Dameão de Goes nem sequer noticiam tal juramento; aquelle diz apenas que ella sempre se chamou Princeza até 1455, em que nasceu o Principe D. João; este, que depois do nascimento do Principe ella teve o titulo de Infante, por não lhe pertencer já o que primeiro usara.5 Talvez que fosse jurada Princeza pelos fidalgos e mais pessoas que compunham a côrte, não obstante d'isso não restar memoria escripta; por quem de certo não o foi e pelos Tres estados porque estes nem estavam reunidos, nem se reuniram n'esse anno, nem nos dois annos que se lhe seguiram.6 Nem mesmo pela delegação d'elles, ella foi jurada tambem, porque esta deputação permanente, como lhe chama o sr. Oliveira Marreca, não existia já.7 Amamentada por D. Mecia de Sequeira, D. Joanna ficou orphã de mãe aos cinco annos de edade. A rainha D. Izabel, que, com o nascimento do Principe D. João, havia alfim alcançado sepultura para seu pae sob as abobadas da Batalha, cahiu fulminada em Evora pelo veneno ministrado pelos partidarios do duque de Bragança, em 2 de dezembro de 1455.8 Poucos dias depois do falecimento de D. Izabel, D. Affonso V ordenou que todos os officiaes, damas e donzeis que estavam ao serviço da finada rainha, passassem para o de D. Joanna, a quem deu casa, como aquella a trazia.9 Pelo que se deprehende da narração de D. Bernarda Pinheiro10, D. Joanna, depois do fallecimento da rainha, sua mãe, assistiu n'um palacio, separado do de seu pae e irmão, talvez o de S. Bartholomeu, que anteriormente havia sido occupado por suas thias as infantas D. Leonor, D. Catharina, e D. Joanna.11

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